A fisioterapia no pós-operatório é essencial para a plena recuperação do paciente. Além de contribuir para a diminuição de sintomas de dor e dos níveis de inchaço, o tratamento visa restabelecer os movimentos do membro operado, além de prevenir a contratura muscular e a rigidez articular. Ademais, a fisioterapia pode ser empregada tanto em procedimentos ortopédicos, quanto em qualquer tipo de pós-operatório.
O que é?
A fisioterapia no pós-operatório se faz muito necessária para pacientes que foram submetidos a procedimentos invasivos. Esse tratamento, que visa a recuperação de movimento, entre outras benesses, é amplamente realizado após cirurgias ortopédicas e de trato venoso como, por exemplo, a de varizes. O mesmo é válido para pacientes que sofreram algum tipo de amputação e no lugar do membro foi colocado algum tipo de prótese.
O procedimento fisioterapêutico deve ser realizado por um profissional qualificado da área. Todo o acompanhamento necessário pode ser feito na própria residência do paciente, ou em uma clínica especializada, durante um período pré-determinado pelo médico ortopedista e pelo próprio fisioterapeuta.
Dúvidas mais comuns
Por mais que seja altamente recomendado por profissionais da saúde, muitas pessoas sentem-se temerosas diante desse tratamento. O maior receio se deve ao fato de fazer movimentos mais intensos, justamente no membro operado.
Esse temor é bastante compreensível, embora não seja justificável. Afinal, a movimentação dos membros em recuperação é fundamental para o pronto restabelecimento do paciente. Isso é válido para qualquer parte do corpo, seja joelho, quadril, tornozelo, ombro, coluna, etc. Se eles não se movimentarem durante o processo, a recuperação poderá ser drasticamente comprometida.
A falta excessiva de movimento no pós-operatório paralisa a circulação sanguínea, podendo causar quadros de edema e dor. Em casos mais graves, a pessoa poderá sofrer uma trombose, sobretudo os pacientes mais idosos.
Além do mais, a musculatura poderá se encontrar mais fragilizada, com grandes chances de atrofiamento. Por sua vez a pele fica enrijecida e pouco flexível, prolongando assim o tempo da reabilitação.
Benefícios
Diante do perigo causado pela imobilidade do paciente e do maior tempo de recuperação, a fisioterapia no pós-operatório é altamente recomendada. Além de impedir esses agravantes, o tratamento favorece a diminuição da dor e das tensões musculares inerentes ao procedimento cirúrgico.
Se não bastasse isso, a fisioterapia contribui para o aumento da flexibilidade da cicatriz oriunda da operação. Esse fator é preponderante para que o médico ortopedista, por exemplo, preconize um tratamento de fisioterapia.
Além do mais, previne a má circulação e, por consequência, o surgimento de trombose. Mediante esses benefícios, a fisioterapia no pós-operatório se torna imprescindível para a reabilitação mais rápida do paciente e o retorno mais breve à rotina.
Procedimentos
Existem técnicas distintas para cada tipo de caso e gravidade. O primeiro procedimento fisioterápico indicado é a orientação por meio de um diálogo. Dessa forma alguns esclarecimentos do profissional podem ser repassados para o paciente, explicitando as etapas do tratamento. O conforto é primordial para a recuperação e para a evolução do procedimento. Por isso é recomendável que o fisioterapeuta demonstre os exercícios, antes mesmo de sua realização.
Outro método de recuperação empregado para um paciente em pós-operatório, é a drenagem linfática. Graças a ela alguns sintomas serão subtraídos, tal como os níveis de inchaço.
Em seguida uma série de exercícios é determinada, tendo como base o andamento da convalescença, e o respectivo progresso quanto ao ganho de amplitude de movimento articular e muscular.
Exercícios para circulação também são priorizados, já que garantem que o sangue oxigenado chegue ao membro operado. Tanto o fisioterapeuta quanto o médico ortopedista deverão estar alinhados quanto ao melhor andamento para o paciente.
Outros tipos de cirurgia
Além de operações ortopédicas e venosas, a fisioterapia é recomendada para outros tipos de cirurgias. Esse tratamento garante redução do tempo de restabelecimento pós-cirúrgico, além de prevenir contratura muscular e rigidez articular. Independentemente se a operação for cardíaca, neurológica, gástrica, entre outras.